A prefeita Marília Campos e parte da sua equipe de governo estiveram, na manhã desta quinta-feira (14/01), na Vila Samag, na região Industrial, para avaliar a situação das moradias e levantar quais ações são necessárias, nesse primeiro momento, para mitigar os problemas ocasionados pelas chuvas. Como primeira medida, Marília Campos anunciou a instalação do primeiro Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) na Vila Samag que contará com voluntários da comunidade. “Eu não ando sozinha. Eu trabalho com uma equipe que me auxilia na resolução dos problemas. Também governo junto com o povo porque é ele quem aponta as suas necessidades. Estamos aqui para discutir o que é possível fazer agora, de imediato, e o que é possível a longo prazo, durante meus quatro anos de governo”, esclareceu.
A Defesa Civil do município reconhece a vila como uma área de risco e para proteger os moradores já está adotando algumas medidas, como o monitoramento intenso e o recadastramento das casas. Também disponibilizou uma patrulha móvel que ficará de plantão 24 horas. “Há pessoas na vila morando em áreas classificadas como graves e outras em áreas classificadas como gravíssimas. Esta última refere-se a 10 casas que estão coladas em um barranco. Neste caso, iremos monitorar e compartilhar com o setor de habitação se é necessário fazer a remoção”, informou a subsecretária de Defesa Civil, Ângela Gomes.
Também foi constatado que muitos moradores da Vila Samag não estão no CadÚnico, o cadastro que permite identificar as principais necessidades das famílias e incluí-las aos programas e políticas públicas da Assistência Social. Segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Viviane França, foi verificado que muitas famílias estão vivendo como invisíveis. A partir dessa constatação, foi montado um ponto de apoio do Cras na vila, que já conseguiu atender 72 famílias. “Vamos continuar com esse trabalho e a missão de criar um planejamento efetivo para atendê-los da melhor forma”, destacou.
Na avaliação do secretário municipal de Obras, Marco Tulio de Melo, para sanar o problema das inundações é necessário a execução de uma grande obra, que depende de recursos do governo do Estado e entraria num planejamento a longo prazo. “Uma solução definitiva só com uma obra estruturante. Contudo, podemos estudar, em conjunto com a comunidade, ações paliativas para reduzir as inundações e melhorar o sistema de drenagem e escoamento da água”.
Há 22 anos vivendo na Vila Samag, Flaviana Silva, disse que a comunidade foi esquecida nos últimos oito anos. “A hora do nosso socorro chegou. Queremos parar de sofrer com as enchentes e trincas nas nossas casas. Estamos lutando por melhorias e a esperança é você, Marília. É a única capaz de fazer algo para mudar nossa vida", relatou a moradora.